21 de junho é início do inverno e também Dia Nacional do Controle da Asma, uma doença respiratória crônica que, muitas vezes, requer o uso de medicamentos de forma prolongada. É importante sempre reforçar que o tratamento deve ser conduzido por um especialista, pois a indicação muda de acordo com o paciente.
A asma é uma doença que ainda traz muitos estigmas, sendo subestimada por alguns e temida por muitos. Apesar de ser um dos problemas de saúde mais comuns no país, ainda enfrenta a falta de informação como obstáculo para diagnósticos e tratamentos adequados. Reunimos cinco dúvidas frequentes dos pais ao receberem o diagnóstico de asma dos filhos. Lembramos que é natural ter dúvidas, mas é importante filtrar conselhos para que as fake news não comprometam o tratamento médico.
1. Mesmo com asma, meu filho terá uma vida normal?
O controle adequado da doença permite que a criança tenha uma vida saudável e absolutamente normal, sem restrições. É comum acompanharmos casos de pacientes que se tornaram ainda mais ativos após o início do tratamento. Quando a criança não está com a doença controlada, ela se cansa com facilidade e acaba preferindo atividades menos intensas, naturalmente.
2. A bombinha ataca o coração e pode viciar?
Os especialistas contavam antigamente com ferramentas muito restritas para controle das crises. De 20 anos para cá, o cenário mudou bastante, tanto em relação ao conhecimento da doença quanto aos medicamentos disponíveis. Com isso, ficou mais fácil estabelecer o diagnóstico e o tratamento para cada caso.
Os antigos medicamentos apresentavam efeitos colaterais mais intensos. A falta de tratamento adequado facilitava complicações cardíacas, gerando o temor de que a “bombinha ataca o coração ou que vicia”. Isso é algo que as pessoas carregam de forma equivocada ao longo dos anos. É importante esclarecer que o uso de bombinhas, seja com medicamentos broncodilatadores ou com corticoides, para prevenção das crises, é um tratamento seguro. O perigo é não tratar a asma adequadamente, levando a quadros mais sérios que podem gerar internações e comprometimento pulmonar no futuro.
3. Quais são as causas da asma?
De acordo com a Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (Asbai), a asma é uma doença inflamatória crônica das vias respiratórias que pode ser causada ou intensificada por diversos fatores como ácaros da poeira, mofo, polens, fatores climáticos, infecção respiratória por vírus, excesso de peso, rinite, refluxo gastroesofágico, medicamentos e predisposição genética.
4. Crianças asmáticas podem praticar atividade física?
Com certeza, pois a atividade física faz a diferença na qualidade de vida destas crianças. Andar de bicicleta, jogar bola – e não somente a natação –, como provam estudos científicos, contribuem para a diminuição na incidência de crises. É claro que, durante a crise, a criança não terá disposição, mas, assim que liberada pelo médico, pode retomar os exercícios e se manter mais tempo sem episódios de tosse ou falta de ar. Hoje podemos dizer que a atividade física regular faz parte do tratamento da asma.
5. Como as emoções influenciam nas crises?
Estudos na área da psicologia e medicina demonstram que o estresse é reconhecido como fator de desencadeamento e/ou agravamento das doenças alérgicas. O estresse é uma resposta do organismo associada à sobrecarga física e/ou emocional, como cansaço, tensão, irritabilidade e ansiedade. Quando essas situações são intensas ou prolongadas, estimulam a liberação de substâncias pelo cérebro que vão agir em diversos locais do nosso organismo, fato que pode ser um gatilho a mais para essas crises de asma. Nesses casos, o acompanhamento psicológico colabora no tratamento.
Saiba mais sobre a doença em nosso e-book “Asma na Infância”, disponível aqui. Todas as informações disponibilizadas não substituem o acompanhamento médico. Procure um especialista para a condução adequada do tratamento. Asma não tem cura, mas possui controle, lembre-se disso.